sábado, 31 de dezembro de 2011

Soluções originais

Uma solução original para um problema de tempo, eis o que Yao Ming, gigante chinês que recentemente se retirou da NBA, demonstrou descobrir aqui, neste video.
Boas aprendizagens e "ensinagens" no basquetebol é o que vos desejo para 2012. Cheias de criatividade como as do video.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A solução e o problema

"... é mais fácil encontrar soluções se soubermos com clareza qual é o problema"
Eric Dunning, in A génese do desporto: um problema sociológico, do livro de Norbert Elias, A busca da excitação.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O segredo é a alma do negócio?

Se o segredo, como diz o ditado, é a alma do negócio, porque é que a maioria dos grandes treinadores em vez de guardar a sete chaves os seus conhecimentos e ideias sobre o jogo, têm tendência a partilhá-los com os seus colegas?

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Clinic sobre passe

Caro treinador ou jogador curioso, se quiseres assistir às imagens de um clinic sobre Passe e aprender com um dos grandes treinadores mundiais, Etore Messina, segue este link da FibaEurope. Que te faça bom proveito como me fez a mim que o vi recentemente. Só tens de perceber inglês e ter cerca de uma hora para o ver.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O segredo: mais uma vez revelado.

O segredo: mais uma vez revelado, é o título que poderíamos dar a este pequeno vídeo que fala sobre como um grande jogador do basquetebol brasileiro o chegou a ser.
Veja aqui o vídeo.

domingo, 25 de dezembro de 2011

A arca dos grandes treinadores

Os grandes treinadores, geralmente, caracterizam-se por uma grande generosidade. Regularmente transmitem as suas ideias sobre o jogo e sobre o treino de uma forma bem explícita. Parecem não guardar para si os seus segredos.
Eles têm uma arca de coisas importantes que não se importam de revelar e sabem que é através desse processo colectivo de debate com os outros que o jogo, as equipas e os jogadores evoluem mais depressa.
Penso que não é possível caracterizar um treinador como verdadeiramente grande sem ele ter esta qualidade de abertura e generosidade para com os outros.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Resolver o "jogo anárquico" segundo Eliseu Beja

Relativamente às primeiras fases da aprendizagem do basquetebol, vamo-nos reportar  a um artigo que o professor Eliseu Beja escreveu em 1984 para a Revista Horizonte de Educação Física e Desporto. Nesse artigo, chamado "Transposição da defesa. Um caminho a percorrer. Uma proposta metodológica para a iniciação do basquetebol", estabeleceu de modo muito acertado, quanto a nós, quais os problemas, objectivos e princípios a conseguir atingir nas primeiras três fases pelas quais os jogadores passam. O quadro global de partida em que a aprendizagem se faz, segundo este autor, é a do jogo global com defesa homem a homem todo o campo. 
Relativamente a uma primeira fase, a do "Jogo anárquico" como é geralmente chamado, o problema reside na atracção pela bola por parte de todos os jogadores, provocando grandes aglomerações. Tal situação nem proporciona condições de boa percepção, decisão e acção ao possuidor da bola, nem de possível recepção aos que a não possuem. Eliseu Beja aconselha a que o treinador aproveite os momentos de aglomeração nas situações de jogo, para que os jogadores tomem consciência de que a aglomeração é prejudicial. A indicação óbvia é a das vantagens do afastamento da bola para poder receber ou para permitir ao possuidor da bola driblar ou passar.
Um segundo procedimento é o de tornar consciente também o objectivo do jogo: a concretização. E como tal só é possível aproximando-se do cesto, torna-se evidente um objectivo intermédio: a progressão.
Como os meios para a progressão ao dispor dos jogadores são o passe ou o drible, o treinador deve fazer aprender quando é que se deve utilizar um ou outro, não em função de uma hierarquia abstracta mas sim em função da adequação à situação.
Eliseu Beja, aponta ainda mais dois princípios de jogo importantes para resolver os problemas desta fase de aprendizagem: "Quem recebe a bola, de imediato deve virar-se na direcção do cesto contrário." Este princípio permite criar boas condições de percepção e análise das situações de jogo. Por outro lado, aponta também como princípio que "Quem passa deve correr para o cesto com o objectivo de receber mais à frente". Ao dizer que há a possibilidade de receber mais à frente o jogador fica com maior predisposição a passar a bola.
Chegados aqui e conseguindo que estes comportamentos anteriormente mencionados sejam assumidos pelos jogadores, Eliseu Beja pensa que podemos passar a uma nova fase do jogo a que chama "O equilíbrio ofensivo". Fica para uma próxima mensagem que esta já vai longa.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Resolver os problemas na iniciação ao basquetebol

Como resolver os problemas do jogo e dos jogadores na iniciação ao basquetebol?
Em primeiro lugar é necessário identificar bem os problemas. Em segundo lugar é preciso definir objectivos que vão ao encontro da resolução dos problemas. Nesta definição de objectivos exprimem-se quais são as prioridades. Por último escolhem-se as estratégias e os exercícios ou tipos de actividades e jogos que juntamente com as intervenções pedagógicas dos treinadores vão resolver os problemas. Esta é a sequência que me parece ser correcto seguir.
Numa próxima mensagem irei directo à questão de resolver os dois problemas/dificuldades que identifiquei na iniciação ao basquetebol: a conservação da bola e o conseguir fazê-la avançar, os quais estão presentes no fenómeno da aglomeração.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os primeiros problemas na iniciação ao basquetebol

Os dois problemas tácticos principais na iniciação do basquetebol são, na minha opinião, a dificuldade na conservação da bola e no fazer avançar a bola no terreno de jogo. Estes problemas estão ligados indissociavelmente ao fenómeno da atracção e aglomeração junto à bola, que juntamente com algumas dificuldades afectivas, psicomotoras e cognitivas provocam os dois ditos problemas.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O fulcro da questão no basquetebol

"O fulcro da questão no basquetebol, não reside nos sistemas tácticos ou nos exercícios de treino que utilizamos, mas sim naquilo que, por via deles, cada treinador consegue ensinar e fazer melhorar os jogadores com quem trabalha."
Lou Carnesecca (1985) Intervenção técnica no curso de formação de treinadores de basquetebol nível III. FPB, Carvalhos. citado por Orlando Simões na sua tese de mestrado.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

William Jones e o minibásquete

William Jones, secretário geral da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) durante mais de quatro décadas, exprimiu por palavras o que significava para ele este jogo e as diferenças com o basquetebol:
"O minibásquete é uma espécie de porta pela qual as crianças, raparigas e rapazes, podem entrar no mundo do desporto de competição jogando basquetebol. O basquetebol junior, pela sua parte, é uma espécie de escada pela qual vão subindo os jovens jogadores de basquetebol até que adquirem a maturidade necessária para ingressar no mundo do basquetebol".
Se quiseres saber mais acerca deste personagem fulcral no mundo do basquetebol percorre também o nosso blog gémeo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O basquetebol e as pessoas: William Jones

No basquetebol, como em tudo, o que faz mover as coisas são as pessoas. Se James Naismith foi o pai do basquetebol e Forrest "Phog" Allen foi o pai dos treinadores de basquetebol, William Jones pode considerar-se como o grande impulsionador da organização do basquetebol a nível mundial. Esteve na base da fundação da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) em 1932 e manteve-se como seu secretário geral durante 44 anos.
Cosmopolita, poliglota, com grande formação de base em pedagogia e em Educação Física e desporto, conseguiu congregar esforços e pessoas para dar independência e autonomia de direcção ao basquetebol. Foi ele também que promoveu pela primeira vez os grandes eventos do basquetebol mundial e assegurou com grande diplomacia e persistência o desenvolvimento e unidade do basquetebol. Por tudo isto foi chamado por muitos de "Senhor basquetebol mundial".
PS: acerca de Naismit e Allen, podes ler mensagens no blog gémeo deste.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Memórias de treinadores

Uma vantagem de saber outras línguas é a possibilidade de aceder a novos conhecimentos falados ou escritos nessas línguas.
Como na minha época de estudante o francês estava na moda, eu estudei-o sete anos. Ficaram alguns rudimentos que, depois mais tarde, trabalhados com muita leitura, me permitiram aceder ao mundo da Educação Física e do desporto de língua francesa.
Vem isto a propósito de uma entrevista que vi, no âmbito das memórias orais que o instituto do desporto francês, o INSEP, disponibiliza na internet. Nessa entrevista, uma ex-treinadora de patinagem artística, na altura com 95 anos, contava algumas das suas experiências e dava algumas das suas opiniões sobre o treino desportivo. Mesmo muito interessante.
Para já deixo-vos aqui com o link. Noutra altura falarei um pouco da entrevista, principalmente para quem não fala a língua francesa.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Investimento e retorno

A propósito do trabalho de construção de postes, por parte de jogadores que não são aparentemente os mais dotados fisicamente para essa posição, Pete Newell, grande especialista no trabalho de postes afirmava:
"Da experiência sabemos que se um jogador consegue receber a bola, tem um desejo de jogar o jogo, e é ansioso por aprender e por trabalhar no duro, o retorno é frequentemente melhor do que o investimento."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"O ensino do basquetebol"

João Oliveira já publicou alguns livros. Hoje queríamos recomendar a leitura de um livro que ele escreveu sobre o ensino do basquetebol, e onde já vinham vertidos muitos dos conceitos que ele defendeu na sua intervenção de sábado. É um livro fundamental na literatura desportiva em Portugal para os treinadores portugueses que ensinam o jogo.
Algumas citações da sinopse e do prefácio.
Da sinopse:
"O Ensino do Basquetebol. Gerir o Presente. Ganhar o Futuro é uma obra para profissionais de desporto, estejam eles no Clube ou na Escola.
Tendo em conta as necessidades pedagógicas do treinador/professor - aos níveis estrutural, formal e funcional e relativamente a situações individuais, reduzidas e globais ou de equipa -, este livro é o resultado da mistura ideal entre a teoria e a prática e tem como objectivo responder à seguinte questão: Como se organiza o processo de ensino do basquetebol?"
Do prefácio:
«Para os que não saibam, o autor fez parte, enquanto jovem atleta, de equipas cuja preparação fui responsável. Considerado já nessa altura como um dos chamados atletas difíceis (entenda-se: não manipulável pelos treinadores!), fazia prever o profissional que o futuro ditou. Responsável, participativo, trabalhador incansável, senhor da sua opinião; gostava de saber os porquês das coisas e não hesitava em discordar do treinador se fosse caso disso.»
Jorge Araújo

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"Jogador multidimensional"

"Jogar basquetebol é divertido. E quanto mais coisas os jogadores conseguem fazer no basquetebol - em mais áreas do terreno - mais divertido o jogo é para eles. É por isso que fora da época, nos jogos a brincar, os postes gostam de ir para o perímetro, e os bases gostam de ir para o interior e finalizar aí. Para os jogadores grandes, é divertido ser capaz de subir a bola em drible e fazer movimentos de um contra um da posição de base ou de extremo. Para os jogadores pequenos, é divertido expandir o seu jogo através de trabalho de poste ou afundando. Hoje, os jogadores consideram essa versatilidade de papeis uma justa parte do jogo e uma oportunidade para usar um leque grande de habilidades. Os jogadores e equipas que melhor usam as suas habilidades individuais e colectivas em todas as áreas do campo - incluindo a de poste - serão recompensadas."
Pete Newell & Swen Nater, in Pete Newell's Playing Big. The definitive guide to modern post play.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A formação dos Postes

Se o basquetebol é um só, numa perspectiva mais global, por outro lado é verdade que apresenta muitas especificidades em função de vários aspectos ligados ao jogo.
Por exemplo: enquanto no clinic do bolacesto, João Oliveira fazia reflectir os presentes sobre a necessidade de prescindir da formação de postes de raíz, dadas as características do jogador português e da sua relação de forças nas contendas com outros países, aqui ao lado, na vizinha Espanha, que é uma potência basquetebolistica de primeiro nível, como sabemos, a formação dos Pivots é uma preocupação actualíssima. Damo-vos conta de como os treinadores superiores fizeram uma acção de formação sobre o Pivot, em que os "professores" foram dois ex grandes interpretes desse posto específico, Orenga e Arlauckas.
Deixamos aqui os links para poder aceder a bocadinhos dessa acção: aqui e aqui.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

As mensagens de João Oliveira (1)

João Oliveira é, como disse José Ricardo, alguém que "pensa o jogo e pensa bem". De facto quem assistiu à intervenção de João Oliveira viu alguém a defender de forma consequente, tanto na teoria como na prática, uma forma de jogar o jogo: o jogo por leitura.
Seria muito interessante apresentar um documento completo com o que João Oliveira disse e fez trabalhar os jogadores que tinha à sua disposição. Como não é aqui o lugar mais adequado, vamos, apenas dar conta de algumas ideias que foram por ele transmitidas.
Conhecer o contexto: João Oliveira parte do conhecimento profundo que tem do nosso basquetebol e da concorrência com que tem competido. Esse conhecimento foi obtido como participante directo ou como observador, a nível nacional e internacional. Ele acha que não temos jogadores com características adaptadas para jogar de igual para igual com a nossa concorrência, a nível de postes.
Objectivos: daí que ele, a partir do que conhece, preconize para o basquetebol português uma aposta na formação de jogadores exteriores, bases e extremos, sendo o jogo interior praticado deste modo, por jogadores que não são postes. E esse jogo interior, adopta soluções particulares devido ao facto dos seus interpretes não serem postes de formação.
Concepções dicotómicas de treino: usar ou desenvolver jogadores? Ensinar jogadas ou ensinar a jogar? João Oliveira, opta decididamente pela segunda possibilidade das questões. Para ele, chegar a um clube e "montar o esquema", aproveitando o que existe, pode ser a curto-prazo rentável, mas o que acontece é que, quando se sai do sítio onde se treinou, se deixa os jogadores com o que sabiam quando se lá chegou. A ideia de promoção dos saberes dos jogadores é para ele essencial, e para isso, o jogo por leitura, que requer dos jogadores o desenvolvimento da autonomia de decisão e dos poderes de acção, é fundamental.
Hoje ficamos por aqui. Muito mais há para dizer noutra mensagem.

domingo, 11 de dezembro de 2011

As mensagens de José Ricardo (1)

Começo pelas mensagens que José Ricardo transmitiu e que me sensibilizaram particularmente:
Clareza: em todas as suas intervenções, a clareza foi uma constante. Clareza de propósitos, para cada um dos exercícios que apresentou; clareza nas correcções; clareza nas mensagens que transmitia aos atletas e aos treinadores presentes.
Sentido do essencial: pelo menos, por duas vezes, José Ricardo vincou a importância de os treinadores não se perderem nas coreografias dos exercícios, mas usarem da simplicidade da sua organização de modo a centrarem-se realmente nos conteúdos a transmitir e a fazer aprender. Da sua experiência como formador de treinadores, chamou a atenção para um dos erros típicos dos treinadores principiantes em darem mais importância à "coreografia" dos exercícios do que àquilo que é o seu conteúdo essencial.
Ligar o exercício ao jogo: as formas de organização e as suas evoluções devem ir no sentido de uma ligação à forma do jogar. Isto foi explicitamente transmitido verbalmente, a meio da sua intervenção, mas acima de tudo foi uma constante nos exercícios que apresentou. Por exemplo, o primeiro exercício e a sua sequência, ao mesmo tempo que trabalhavam aspectos técnicos do lançamento na passada após passe e corte, ligavam-se à transição defesa-ataque, seguindo alguns dos princípios clássicos dessa transição.
A comunicação e o aspecto humano do treino: José Ricardo valorizou bastante estes aspectos do treino e do jogo, indo ao ponto de os integrar explicitamente nos exercícios. Dois exemplos foram a exigência de se dizer o nome do colega para quem se passa a bola e o sorrir ao lançar na passada. Este último aspecto fez-me lembrar, salvo erro, o grande psicólogo americano, já clássico, William James, de tendência behaviourista, que dizia que não choravamos por estarmos tristes, mas estamos tristes por chorarmos...
Ao almoço, tive a oportunidade de estar perto do círculo de pessoas que conversaram com o José Ricardo. Nessa conversa vi como ele sedimentou uma filosofia de treino e de estar no basquetebol e na vida, demonstrativa de grande sentido de responsabilidade humana, o qual se expressa, sobretudo, na forma como se sentem as dificuldades dos outros e se reage em conformidade.

sábado, 10 de dezembro de 2011

1.º Clinic do Bolacesto

Neste sábado, os treinadores presentes no 1.º Clínic do Grupo Desportivo Bolacesto, clube onde colaboro, tiveram a oportunidade de presenciarem duas excelentes intervenções de dois treinadores portugueses: João Oliveira, coordenador do Vasco da Gama e José Ricardo, coordenador do Barcelos. Embora com conteúdos e estilos diferenciados, ambos deram um óptimo contributo para a reflexão acerca do tipo de basquetebol adaptado aos jogadores portugueses e da forma como os treinar. Em próximas mensagens irei expor algumas das coisas que foram transmitidas e que mais me tocaram.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O trabalho de equipa

Por falarmos no fundamento que temos vindo a tratar nas últimas mensagens, o passe, devemos dizer que ele é o constituinte essencial do trabalho de equipa. A bola é o meio de comunicação directa entre os jogadores de uma equipa. Quando ela circula rapidamente, ligando jogadores também em movimento e bom posicionados, torna-se tremendamente difícil defender esse trabalho colectivo.
Vem a propósito o video que apresentamos sobre Trabalho de Equipa - Teamwork - com imagens da NBA. Algumas das sequências de passe são verdadeiros rendilhados artísticos. Apreciem!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As assistências

Por falarmos em passe, a forma mais espectacular do passe, e a mais eficaz, é a da assistência (o passe decisivo), pois coloca o recebedor numa situação de máxima oportunidade de finalização.
Em baixo colocamos um video com algumas das melhores assistências, realizadas por alguns dos seus melhores interpretes da NBA, a começar no histórico Bob Cousy. No decorrer do video aparecem também alguns comentários de jogadores e treinadores sobre este "gesto" espectacular. A respeito desta acção, é interessante ouvir Bob Cousy a dizer que também nela, "a necessidade é mãe da invenção".
Queremos no entanto lembrar que nem todos os passes podem ser assistências e que o passe tem muitas e tão importantes funções no jogo para além dessa forma tão espectacular.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Passe: diferenças entre principiantes e peritos

Nas últimas mensagens temo-nos referido ao fundamento do passe.
Hoje, vou tentar fazer um comparação entre algumas características do passe dos principiantes e o passe dos jogadores peritos:
-os principiantes passam a duas mãos, da área de manipulação habitual, à frente do peito. Os peritos passam descentradamente em relação ao tronco, a partir de qualquer lado, de modo a fugirem à acção do defensor;
-os principiantes, se passam a uma mão, usam sempre a mão dominante e não trabalham o pé-eixo. Os peritos usam a mão de fora, mais distante do defesa, e o pé-eixo, o que lhes permite abrir ângulos e linhas de passe.
-os principiantes têm um leque restrito de técnicas de passe e usam-nas de forma pouco adaptada. Os peritos têm um largo reportório de técnicas de passe e usam-nas adequadamente à situação, muitas vezes com grande criatividade;
-os principiantes, muitas vezes passam com pouca força ou fazem passes bombeados. Os peritos usam a força adequada à situação;
-os principiantes telegrafam o passe. Os peritos dissimulam o passe, muitas vezes através de fintas, fixando os defensores;
-os principiantes passam para o colega, sem terem em conta o seu defensor nem o defensor do colega. Os peritos passam para o lado vazio de defesa, tomando em conta a posição dos adversários.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Definição de sucesso

"Success is peace of mind which is a direct result of self-satisfaction in knowing you did your best to become the best you are capable of become."

"Sucesso é a paz de espírito que é o resultado directo da auto-satisfação de saber que fizeste o melhor do que és capaz."
John Wooden

domingo, 4 de dezembro de 2011

Exercícios a pares com duas bolas

Hoje trago-vos um video com propostas de trabalho coordenativo entre duas jogadoras, com duas bolas, que envolvem:
-posição de tripla ameaça;
-manejo de bola;
-diferentes tipos de passe;
-trabalho com a mão direita e com a mão esquerda (ambidextria, tão importante no basquetebol);
-timing de execução a pares.
Experimentem. Precisam apenas de vocês mesmas (duas jogadoras) e duas bolas, que nem precisam de ser de basquetebol.
Sugestões: quando dominarem cada uma destas propostas, tentem fazer o mais rápido possível e inventem outros exercícios.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Ensinar e... aprender

"Eu acredito que é impossível dizer que tu ensinaste, quando ainda há estudantes que ainda não aprenderam."
John Wooden, citado em Nater € Gallimore, in You haven't taught until they have learned.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O passe no jogo e no treino (1)

O passe é um dos fundamentos mais mal trabalhados do jogo. Esta é uma das constatações que pode fazer um treinador atento.
Porque é que isso acontece?
Talvez haja duas razões principais:
-por um lado, há quem pense que o passe é qualquer coisa de natural, que os jogadores fazem ou não, sem ser ensinável. É evidente que só se retira essa conclusão da prática, pois na teoria, nenhum treinador de bom senso a assumiria explicitamente;
-por outro lado, o ensino do passe é feito, como se este fundamento fosse algo que só dissesse respeito a dois parceiros da mesma equipa, ou pudesse ser bem ensinado apenas tendo em conta o seu "como". Ora o passe é algo que só pode ser devidamente realizado quando os dois companheiros que o realizam têm em conta, pelo menos, os (dois) adersários que os marcam. E não é isto que vemos, na maior parte das vezes, no ensino ou treino do passe.
O pequeno video que vos apresentamos em baixo tem a virtude de apresentar alguns tipos de técnicas de passe, - passe de peito, cima da cabeça, picado lateral, com prévio uso de fintas -, em função da oposição defensiva.