domingo, 1 de abril de 2012

O "Corredor de jogo directo"

Continuando a definir conceitos que nos permitem ler o jogo, hoje trazemos o importante conceito de "Corredor de jogo directo" (CJD). O CJD, que eu tenha conhecimento, foi pela primeira vez definido pelo professor de Educação Física francês, Justin Teissié, que era também especialista em futebol, num livro de 1961.
Consiste esse CJD, num corredor com cerca de 2 metros de largura e que vai do jogador atacante ao cesto. Há quem tenha feito um desenvolvimento desse conceito e considere que tanto os jogadores atacantes com bola ou sem ela têm esse corredor. Além disso, distinguem o CJD do jogador com bola como sendo a Radial que é um termo da circulação rodoviária que significa uma estrada que traz da periferia ao centro de uma cidade. A periferia é também outro dos conceitos que estão articulados ao CJD e ao "Espaço de jogo efectivo" (EJE). (Ver figura em baixo)
Este conceito (CJD) permite distinguir o jogo directo do jogo indirecto. No primeiro, o ataque consiste em passes ou dribles penetrantes, em lançamentos, em situações de 1X1. Quando a bola sai deste corredor então considera-se que há jogo indirecto.
Também este conceito permite aferir da capacidade e nível de jogo dos jogadores e equipas, tal como os anteriores conceitos que temos vindo a definir: o "EJE", o "Espaço de Finalização"; o "Espaço Corporal Próximo". Com eles podemos ler o jogo produzido. Por isso podemos afirmar que são critérios importantes de leitura do jogo de basquetebol que os treinadores devem dominar e que também são importantes para os próprios jogadores. Fazem parte da línguagem do jogo, e são referências comuns, cujo domínio faz com que o jogo individual, grupal e colectivo se possa articular devidamente, desde que também sejam desenvolvidos concomitantemente, as técnicas individuais e colectivas que os concretizam.

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