João Oliveira é, como disse José Ricardo, alguém que "pensa o jogo e pensa bem". De facto quem assistiu à intervenção de João Oliveira viu alguém a defender de forma consequente, tanto na teoria como na prática, uma forma de jogar o jogo: o jogo por leitura.
Seria muito interessante apresentar um documento completo com o que João Oliveira disse e fez trabalhar os jogadores que tinha à sua disposição. Como não é aqui o lugar mais adequado, vamos, apenas dar conta de algumas ideias que foram por ele transmitidas.
Conhecer o contexto: João Oliveira parte do conhecimento profundo que tem do nosso basquetebol e da concorrência com que tem competido. Esse conhecimento foi obtido como participante directo ou como observador, a nível nacional e internacional. Ele acha que não temos jogadores com características adaptadas para jogar de igual para igual com a nossa concorrência, a nível de postes.
Objectivos: daí que ele, a partir do que conhece, preconize para o basquetebol português uma aposta na formação de jogadores exteriores, bases e extremos, sendo o jogo interior praticado deste modo, por jogadores que não são postes. E esse jogo interior, adopta soluções particulares devido ao facto dos seus interpretes não serem postes de formação.
Objectivos: daí que ele, a partir do que conhece, preconize para o basquetebol português uma aposta na formação de jogadores exteriores, bases e extremos, sendo o jogo interior praticado deste modo, por jogadores que não são postes. E esse jogo interior, adopta soluções particulares devido ao facto dos seus interpretes não serem postes de formação.
Concepções dicotómicas de treino: usar ou desenvolver jogadores? Ensinar jogadas ou ensinar a jogar? João Oliveira, opta decididamente pela segunda possibilidade das questões. Para ele, chegar a um clube e "montar o esquema", aproveitando o que existe, pode ser a curto-prazo rentável, mas o que acontece é que, quando se sai do sítio onde se treinou, se deixa os jogadores com o que sabiam quando se lá chegou. A ideia de promoção dos saberes dos jogadores é para ele essencial, e para isso, o jogo por leitura, que requer dos jogadores o desenvolvimento da autonomia de decisão e dos poderes de acção, é fundamental.
Hoje ficamos por aqui. Muito mais há para dizer noutra mensagem.
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