sexta-feira, 16 de março de 2012

Filho de peixe e filho de homem...


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"Filho de peixe sabe nadar... Isto é verdade só para os peixes...". Se não estou equivocado foi à mais de 25 anos que ouvi esta expressão da boca do professor Teotónio Lima, num seminário de Desportos Colectivos organizado no casino da Póvoa, por uma equipa liderada pelo professor Jorge Araújo. Já ao tempo a achei extremamente importante de significado.
Com o tempo tenho estudado e aprendido que o desenvolvimento dos seres humanos se processa através de formas completamente diferentes das dos animais, mesmo os mais evoluídos como os primatas não humanos. A essência humana está fora do nosso corpo, transmite-se externamente pela cultura material e intelectual. Ao contrário, o desenvolvimento dos outros animais é essencialmente inato, sendo que por isso, os peixes sabem nadar mesmo sem aprenderem com os seus pais... O mesmo não acontece com os humanos. Aquilo que de fundamentalmente nós somos ou temos, aprendemos com os outros. Só nos tornamos pessoas através do contacto humano. Mesmo a marcha erecta é aprendida e isso verificou-se através do que se sabe das crianças selvagens.
No basquetebol as coisas aprendem-se... existe um corpo de saberes externo aos jogadores que eles incorporam em si com as aprendizagens guiadas ou autónomas que fazem. No entanto, o basquetebol é também um jogo de regras. Por isso, a apropriação deve ser activa e consciente por parte dos jogadores. Caso isso não aconteça a aprendizagem do jogo padece de defeitos, atrasos e mesmo distorsões.
Voltaremos ao assunto um dia destes...

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