quinta-feira, 7 de junho de 2012

Copiar, adaptar ou inventar exercícios e jogos?

O título desta mensagem, ao fim e ao cabo, expõe as três formas possíveis, julgo eu, de encontrar os exercícios ou jogos para os treinos. Aliás, se quisermos ser mais pormenorizados e precisos devemos saber classificar as várias formas de treino que existem e que vão do exercício mais delimitado e analítico ao jogo mais sobredeterminado (com maiores cargas do que o próprio jogo real, se é que isso é possível). Há alguns autores espanhóis que sistematicamente e de forma muito bem conseguida apresentaram uma taxonomia desses meios de treino.
Copiar, adaptar, ou criar são talvez mais do que três formas possíveis, são as formas existentes e complementares. Se só copiarmos corremos o risco de aplicar acefalamente e de forma não adaptada meios de treino aos nossos jogadores. Os treinadores que agem desse modo ficam inteletualmente limitados; se só copiarmos e adaptarmos, perdemos a oportunidade de encontrar uma forma bem precisa de ir ao encontro de necessidades que só os nossos jogadores e equipa têm naquele momento, perante condições de treino (tabelas, n.º de jogadores, bolas, campos, etc) também particulares. Só o recurso à invenção, além de poder adaptar-se da forma mais apropriada às necessidades da nossa equipa, desenvolve a capacidade criadora do treinador que é tão necessária para esse mister. Mas há riscos daqueles que só inventam sistematicamente. Muitas vezes inventarão a roda e estão a desperdiçar soluções altamente interessantes que a história da pedagogia do basquetebol consagrou. É o que acontece aqueles treinadores que sem conhecerem as formas técnico-tácticas  consagradas, têm a veleidade de inventar modelos de jogo absolutamente novos. Pensamos que estes últimos modelos só são acessíveis aqueles que conhecem muito do passado e são basquetebolisticamente cultos.

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