segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Problemas tácticos essenciais do jogo

Tacticamente, pode dizer-se que o basquetebol consiste num conjunto de quatro tipos de problemas de ataque entrelaçados com quatro tipos de problemas da defesa. Resolver esses problemas é tarefa individual dos jogadores e colectiva das equipas.
Assim, o primeiro problema do ataque é conservar a posse da bola logo depois de a ter adquirido. A seguir, e se a posse se tiver realizado longe do cesto, o seguinte problema do ataque é o de fazer progredir a bola para a zona de finalização. Chegados à zona de finalização, o problema existente é o de criar uma oportunidade/situação de finalização. Por fim, o derradeiro e principal problema do ataque é encestar.
Do lado da defesa podemos colocar o reverso da medalha. Assim, à posse do ataque corresponde a tentativa de recuperar a bola por parte dos defensores. A seguir incumbe à defesa contrariar a progressão da bola. Caso não consiga de todo fazê-lo, segue-se o tentar impedir ou prejudicar a criação de oportunidades de finalização pelo adversário. Por último, no sentido de proteger o cesto, a defesa deve tentar obstaculizar a finalização adversária.
Todos estes problemas, na sua forma básica, existem em todos os níveis do jogo, desde o Minibásquete à NBA. O que é diferente é o grau de complexidade do problema e as soluções respectivas exigidas.
Evidentemente, do ponto de vista estratégico, existem algumas equipas que prescindem de algumas fases da defesa ou então, a posse da bola é adquirida tão imediatamente e tão perto do cesto adversário que se segue por vezes logo a oportunidade de finalização.
O basquetebol pode ser assim concebido como um conjunto de problemas. Ganha geralmente a equipa que tem um maior número de soluções
Quando fores ver um jogo, ao vivo ou em video tenta ler o jogo com esta grelha de problemas.

2 comentários:

  1. Podemos concluir Henrique, que para cada solução pode arranjar-se sempre um novo problema e para cada novo problema uma nova solução, não? É por isso que o jogo é de facto dos jogadores e não dos treinadores... o que vai contar no fim não é tanto o que vais fazer mas a qualidade com que o fazes.

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  2. É a dialéctica da defesa e do ataque, as duas faces de uma mesma moeda que estão sempre presentes no jogo. E quem realmente lê, decide e realiza em campo, são os jogadores. Os treinadores nunca deveriam esquecer isso, pois só assim podem contribuir para tornar os seus jogadores realmente personalidades autonomas e contribuintes de qualidade para o trabalho de Equipa.

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